domingo, 24 de abril de 2011

Semana Santa?

Posso confessar que não aguentava mais esses quatro dias (feriadão de semana santa). Sei bem o que muita gente pensaria ao me ouvir falar isso: “Ave Maria, Paula. Que mau humor... você é mesmo uma pessoa amarga e sem coração”.


Calma lá, sou amarga e sem coração só porque não consigo seguir uma linha “falsa religiosa”, Só porque não como peixes nesses dias, assisto televisão, falo o que me vem na cabeça, varro casa e sigo com minha vida, como nos outros dias do ano? Ahhhhh não!

Entendo que a semana santa é uma forma de lembrar muita coisa, da primeira páscoa e tudo mais que a bíblia fala. Não vou mentir, acho lindo ver as famílias sentadas em volta da mesa, dividindo o pão com o próximo etc. Mas agora chegou a minha vez: “SÓ NA SEMANA SANTA?” e depois voltam à mesma vidinha egoísta e egocêntrica? Só passar a data e voltam a ser as mesmas pessoas mesquinhas novamente?

É só chegar a segunda-feira. Falam palavrões, comem carne vermelha com a mesma gula de sempre, param de pensar no próximo, esquecem de todas as palavras bonitas de repartir o pão e tudo mais..., voltam às cachaças e ao álcool e toda a sorte de bebedices, passam o ano inteiro sem pisar na igreja, blasfemam de Deus e do Diabo, mentem, passam por cima de tudo e de todos.

Quanta hipocrisia, quanto farisaísmo, falsidade...

Vamos falar sobre bíblia? Vamos “enfregar” as santas escrituras na cara de quem quer que seja? VAMOS LÁ ENTÃO!

Então, falou Jesus às multidões e aos seus discípulos: Na cadeira que Moisés, se assentaram os escribas e os fariseus. Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem. Atam fardos pesados (e difíceis de carregar) e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los. Praticam, porém, todas as suas obras com o fim de serem vistos pelos homens... E assim segue o capítulo 23 de Mateus, Bíblia Sagrada.

Entendam, não estou e nem sou contra datas cristãs, sou contra falso moralismo que impulsiona uma sociedade mesquinha e hipócrita! E TENHO DITO!

quinta-feira, 10 de março de 2011

FALA SÉRIO! CARPE DIEM???

Está bom, farei algumas retificações sobre a postagem Carpe Diem. Achei que seriam mesmo necessárias.

Vamos lá, quando falei em “parecer coisa de louco”, na verdade eu sabia que era mesmo. Quem, em sã consciência vai caminhar em pleno carnaval e deixa pendurada no trinco da porta, uma sacola com bolachas? Quem, em plena chuva entende que se deve parar às margens do “Penicão” para alimentar uns peixes? Tudo bem, assumo, sou mesmo maluca.

Uma chuva, uma criatura com um tênis FURRECA (comprado em um país vizinho). O pobre ficou completamente encharcado e o chulé? Gente do céu!!!! Toda de preto, com os cabelos soltos, uma tiara improvisada (prefiro nem falar o que na verdade ela era), uma tatuagem enorme nas costas (uns dizem que é um pavão, outros uma coruja, outros nem sabem o que se trata), um sorriso meio esquisito... “no mínimo está drogada, pobrezinha, onde anda a família? Isso é culpa da mãe...”. Na verdade eram esses os pensamentos a que me referi.

Sobre o meu olhar quando criança: Nada como a inocência de uma criança para justificar a lerdeza de uma adulta. Pois é, acreditava que o mundo iria acabar e que eu deveria poupar shampoo, condicionador e sabonete (isso para justificar minha aversão a banho). Agora entendo porque me dou tão bem com os hippies... outra vez, minha irmã e eu (que fique claro que fui obrigada) tentamos assistir a tv da vizinha, uma senhora doce e educada, que me adorava. Lembro-me até a forma carinhosa que chamava a atenção de minha mãe para mim: “Ô LURDI, MANDA ESSA FIA DE R... PARAR DE BATER NOS MEUS QUARTOS, EU TOW AVISANO, EU VOU BATER NELA”. Como é bom relembrar... Sim, como ia dizendo, tentamos assistir por um buraco, sim, mas não era qualquer buraco não! Seria um super, um mega, um ultra buraco invisível, pois seria feito em plena SALA e mainha não poderia ver. E o melhor, seria feito com uma FACA. Mas não era uma faca qualquer... era uma faca de mesa. Isso mesmo, aquelas faquinhas de passar manteiga (sem ponta)... dentre outras coisas que explicariam muito bem quem sou hoje.

Venhamos e convenhamos, quem é que se inspira numa “catinga da mulesta” daquelas? Quem é que acha jacaré um bicho bonito? quem, sem saber nadar, iria para a beira de um lago, vendo a hora vir um maluco e empurrar só para fazer o mau? Quem “intupiria” os pobres peixes com bolacha cream cracker? Quem ficaria na chuva com um tênis de tecido, sabendo que não iria secar para poder caminhar no outro dia? Só eu, sempre eu...

PROVEITEI SIM MEU DIA. DO MEU JEITO, MAS APROVEITEI!

Laguinho (vulgo Penicão)

Fonte de minhas inspirações... kkkkkkkkkkkk
Mas fala sério, não é lindo? ainda bem que foto não exala cheiros e nem odores.

quarta-feira, 9 de março de 2011

CARPE DIEM

     Parece coisa de louco, mas esses dias, munida de sacola contendo bolachas cream cracker fui alimentar uns peixes. Sabe aquele sentimento de criança, aqueles pensamentos de estar fazendo um bem enorme? Que bobagem maravilhosa, ver aqueles animais chegando, meio que temerosos e atacando os pedaços que eram jogados.


     Imaginava os pensamentos das pessoas que passavam no local, um lago fétido, com nome um tanto... digamos assim: bizarro. Uma pessoa com um estereótipo tão agressivo, fazendo algo tão inusitado. Jogando comida para os peixes e sorrindo como criança, ao vê-los pular. Mas agora nem me preocupava com os eventuais pensamentos.


    Estava ali, maravilhada e surpresa. Sabe quando as coisas mais simples, porém de uma importância sobrenatural resolvem aparecer todas de uma vez só? Lembra quando era criança e via tudo com outros olhos? A curiosidade, a fantasia, a alegria, o medo... Perdemos esses sentimentos, alguns são transformados, lapidados, outros esquecidos. Mas hoje os senti novamente. Parada em uma ponte a olhar um jacaré olhando sua presa, abestalhada ao ver uma ave linda e diferente. Sentindo a mesma alegria de quando era criança e ia ao zoológico. Parando para tocar naquelas plantinhas que fechavam quando batia em suas folhinhas.


    Revi conceitos, valores, ressuscitei sentimentos mortos, encontrei outros que foram perdidos. Entendi que as coisas são muito mais belas e a vida é muito mais bem vivida se for vista e vivida com os sentimentos de uma criança. Tentarei acordar todos os dias com a mesma alegria e curiosidade de quando era “pirraia” e ouvia mainha dizer: “amanhã vamos “pra” praia.”.


    Aproveite o dia, reveja seus conceitos, encontre sentimentos perdidos, destroque os que foram trocados. Você vai precisar deles para enxergar o real valor das coisas. :)

Paula Freire